Já se perguntou em quanto somos diferentes ou ainda por que somos diferentes? Embora vejamos uns aos outros com certas diferenças, tendemos a ver outros animais como todos iguais. Você é capaz de dizer a diferença entre um peixe de um cardume e outro? Certo, certo, serei menos exagerado e mais próximo de nossa realidade. Consegue ver diferença entre dois gatos pretos que estejam num mesmo local (com exceção de características como tamanho e sexo)? Acredito que não, mas, eles se reconhecem. Como?
Fonte: Bernadette E. Kazmarski
Assim como os humanos, todos os seres vivos de outras
espécies têm diferenças na morfologia e na fisiologia, o que lhes oferece um
comportamento ou outro. Essa expressão de variedade é chamada de fenótipo.
Enquanto o fenótipo é a característica expressa e única de cada individuo, o
genótipo é o conjunto de nucleotídeos que expressa a característica.
Um exemplo é o gene que expressa para a enzima glucocerebrosidase.
Indivíduos que produzem essa proteína conseguem processar gorduras que outros
não conseguem. O acumulo dessas moléculas causa inchaços, problemas
neurológicos, hormonais, etc. O genótipo aqui é o gene e o fenótipo é a
capacidade de processar essas substâncias. Tem-se que para esse exemplo pode
haver duas variedades de pessoas: as que processam a gordura e as que não o
fazem, baseando-se nos genes que possuem.
A origem da variação genotípica, e consequentemente fenotípica,
entre indivíduos é a mutação, ou seja, a adição, substituição ou troca de
nucleotídeos do material genético.
Na transcrição os nucleotídeos do DNA são reconhecidos no
RNA-mensageiro em bases opostas: Adenina (A) para Uracila (U), Guanina (G) para
Citocina (C), Timina (T) para Adenina (A) e Citocina (C) para Guanina (G).
Como visto na figura acima, se houver substituição de alguns nucleotídeos como GGG para GGA, a proteína traduzida ainda será glicina. Desse exemplo vemos que nem todas as mutações originam fenótipos diferentes. Essas recebem o nome de mutações silenciosas.
Quando numa população dois indivíduos têm conjuntos de nucleotídeos do mesmo locus diferentes, diz-se que possuem alelos diferentes. A quantidade e proporção de alelos em populações indicam quão variadas são.
Nas próximas postagens, veremos como esses diferentes alelos são operados no ambiente, suas relações ecológicas e a importância dessa variedade para preservação de uma espécie.
Referências:
RICKLEFS, R.E. 2010. A Economia da Natureza. 6ª ed. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.
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